terça-feira, 12 de abril de 2011

Exclusividade

A grife Hermès é sem sombra de dúvida uma das empresas mais glamorosas da atualidade.
A Hermès, que no próximo mês incrusta seu primeiro império de luxo num dos lugares mais charmoso e um dos mais caros de São Paulo, no shopping Cidade Jardim, é uma marca que personifica bem o alto luxo francês, ícone fashion e referência em qualidade há mais de 120 anos.

A lendária maison iniciou sua trajetória no mundo da moda no final do século 19, em Paris, no ano de 1880. A princípio, era conhecida como Hermès-Freres. A partir da década de 20, porém, começou encantar mulheres da sociedade com suas chiquérrimas bolsas de zíper (uma novidade para época). Foi aí que seus designers pensaram em expandir suas peças e apostaram na confecção de luvas de equitação. Hoje, a Hermès, ao lado de Chanel e Louis Vuitton, representa o requinte francês, principalmente pelos seus lenços, sofisticadíssimos, disputado por fashionistas, editores de moda e colecionadores.
Lenços, aliás, que já são tradicionais na França, e passam de uma geração para outra como um verdadeiro patrimônio da história das famílias do país. É só andar pelas ruas de Paris para se perceber a força da peça no vestuário francês: eles estão amarrados nos pescoços, nas alças das bolsas, nas cinturas, em torno da cabeça prendendo os cabelos. A criatividade e a excelência da qualidade são os segredos do sucesso do produto. Desenhados por artistas conhecidos, os lenços seguem um longo processo de fabricação e necessitam em média de 24 cores diferentes (são vários modelos, longos, triangulares e quadrados, e o mais famoso é o carré Hermes, de 70×70 cm). Um luxo tipicamente francês.
A maison francesa de alta-costura também nomeou uma bolsa em homenagem a Grace Kelly. Em 1956, a atriz/princesa foi vista carregando a bolsa retangular de crocodilo, que ainda hoje é altamente cobiçada, apesar de seu preço chegar a 25 mil dólares. O nome do acessório? Kelly Bag. Nos anos 1970, a marca passou desenhar sapatos masculinos e femininos e, mais uma vez, seduziu editores de moda, princesas e jet-setteres. Foi nesta década também que a grife assinou suas primeiras gravatas para homens, que se tornaram clássicos por seus desenhos e tecidos nobres, como a seda. Já nos 80, outra celebridade foi homenageada pela Hermès. Na época, 1984, a atriz Jane Birkin substituiu sua bolsa velha da palha com um número de couro, em formato de pasta. Nascia mais um clássico da Hermès, a Birkin Bag (diz a lenda que Birkin sentou ao lado do presidente da luxuosa grife Hermès no avião e aproveitou a oportunidade para contá-lo como seria sua bolsa ideal).
A produção ainda é artesanal, e o cuidado com os detalhes, obsessivo - e esses são os trunfos da empresa em um mundo dominado pelos conglomerados da indústria do luxo.
Diariamente, cada um dos 620 artesãos que trabalham nas 33 fábricas do grupo se dedica à produção de uma única peça, do começo ao fim do processo. A Hermès, um ícone da manufatura francesa. A produção escassa é o que garante à Hermès uma aura de exclusividade. Essa situação é mais evidente no segmento de bolsas, o produto de maior sucesso da empresa. Para ter acesso a alguns dos modelos Birkin ou Kelly (que homenageiam as atrizes Jane Birkin e Grace Kelly, respectivamente), os mais cobiçados do mundo, é preciso esperar dois anos e pagar cerca de 20 000 reais. Entre todas as marcas de luxo, a Hermès é uma das mais exclusivas e desejadas do mundo. Luxo!

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