terça-feira, 19 de abril de 2011

KENZO: refreshing, étnica, cool, moderna, urbana, essa é a moda proposta pela grandiosa grife franco-japonesa

A moda é uma expressão cultural pra lá de democrática, servindo de palco para todos os tipos de designers expressarem a sua arte, desde aqueles seguem linhas mais clássicas, que primam pelo minimalismo até àqueles que fazem da profusão de cores seu principal trunfo, como é o caso do super cool stylist Kenzo.
Kenzo Takada nasceu em Kioto, na terra do sol nascente, Japão. Em pouco tempo mostrou que era possível recriar a figura humana, com criações que exploravam novos volumes e proporções.
Depois de estudar arte, ainda em seu país de origem, Kenzo começou a trabalhar desenhando moldes para uma revista de moda em Tóquio.
Em 1964, resolveu dar uma guinada em sua carreira e vida pessoal, mudando-se para o berço mundial da moda: Paris. Em solo francês, começou a criar coleções sob encomenda para outras marcas e vendendo moldes para o estilista Louis Féraud.

No início da década de 70, abriu sua primeira loja, com o sugestivo nome de Jungle Jap, onde vendia com muito sucesso roupas feitas de algodão, um de seus tecidos favoritos. Dois anos após a inauguração, a loja era um verdadeiro sucesso e designer já era um nome conhecido no meio da moda.
Por inúmeras vezes, o designer utilizou o estilo oriental em suas coleções, sendo um de seus principais diferenciais. O estilo sempre esteve presente em batas e calças largas, peças com um quê de exotismo quase aromático.
Sempre inovador, empregou à malharia tecnologia e modelagem inovadora, diferencial que lhe assegurou um lugar garantido entre os conceituados estilistas de prêt-à-porter.
Sempre conciliando com extremo bom gosto às tendências de moda do Oriente com as do Ocidente, Kenzo firmou-se como referencial no cenário internacional da moda e abriu caminho para toda uma geração de criadores japoneses, também consagrados nos últimos anos.
Não satisfeito com as criações no campo da moda, o designer japonês resolveu desenvolver fragrâncias que trouxessem para a pele o estilo Kenzo de ser, sempre com aromas florais ou que remetessem às essências orientais, como é o caso do bem sucedido Flower by Kenzo.
Em 1993, vendeu a marca - que até então já reunia um mix de produtos, como coleções de roupas feminina, masculina e infantil, acessórios, além de linha de perfumes - para o conglomerado do luxo LVMH. Entretanto, Kenzo permaneceu à frente da direção criativa da marca até 1999.
Em 2007, em sua coleção primavera-verão, a marca resolveu lançar uma coleção inspirada na Amazônia. Sob o comando do designer italiano Antonio Marras a coleção buscou referências no filme “Fritzcarraldo” de Werner Herzog, que narra a construção de uma casa de ópera no meio da Amazônia. Nas estampas, todo o exotismo das flores tropicais by Amazônia foram a grande inspiração da coleção desfilada na Semana de Pret-à-porter de Paris.
Apesar de não estar mais à frente da grife, Kenzo pilota há três anos a Gokan Kobo (Ateliê dos Cinco Sentidos), uma magnífica loja de decoração e objetos de design, em Paris, cidade que adotou.
A grife Kenzo é assim, uma simbiose do Oriente com o Ocidente, que reinventa a moda, é certinha e transgressora...essencial a quem entende a moda como algo majestoso.

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